07 agosto 2006

Poema



Sempre acreditei que eram as palavras
que saíam da minha boca, e que só elas
podiam apaziguar a minha morte.
Hoje sei que da minha boca sai um fio
transparente e tenaz como uma insónia
que te amarrou à minha vida para sempre.

Amalia Bautista,
poema de Fios de Seda, Estou Ausente 2004, reunidos em Tres Deseos.

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