A cidade de B.
A cidade de B., onde Enrique Vila-Matas escreveu a maior parte dos seus livros e Carvallo exerceu o seu nobre oficio, ee uma das mais bonitas cidades do mundo. Gente varia anima as ruas e faz fila nos restaurantes, museus e catedrais, bairros degradados foram transformados em zonas de grande amenidade, arquitectos rivalizaram na construcao de torres, escultores como Gerry e Lichtenstein deixaram marcas nas novas pracas. Os habitantes sao simpaticos, uma mistura curiosa de gente civilizada com grunhos nacionalistas. Curiosamente nao parecem aperceber-se de que a cidade fede. Um cheiro de podridao vem em vagas, das praias aas colinas. O efeito de paisagem, esse engano que a normalidade deslisante prega aos nossos sentidos, impede os orgulhosos habitantes de B. de se aperceberem. Passam nas estradas do litoral em bicicletas rapidas, os filhos de patins em linha, ou saem elegantes das scooters. Noos nao temos coragem de lhes dizer: a rede de esgotos rebentou, a sua cidade fede.
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