Torre Agbar
Torre Agbar, Jean Nouvel, Barcelona
No primeiro dia, o Edifício da Praça das Glórias Catalãs fascina. Não se pode tirar os olhos daquele obelisco gigantesco, quente na base e azulado à medida que fura os céus de Barcelona. De dia e de noite. A pé ou no metro de superfície. De longe e de perto. É sempre para ele que se viram os olhos e as conversas. O dedo do gigante enterrado, o supositório, o pénis vibrante e colorido.
Depois passam os dias. E a certa altura, habituamo-nos. Como ao buraco do ozono, ao aquecimento global, à injustiça e à desigualdade, ao cheiro que vem das entranhas da cidade. E damos por nós a passar pela Praça das Glórias Catalãs sem levantar os olhos. Faz parte da paisagem melancólica deste tempo final. Já não nos espanta, não o vemos. Ainda há um que pergunta:- O piço?
- Qual piço? Ah, o edifício da Companhia das Àguas.
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