Viva Castela
O nacionalismo catalão granjeou simpatias quando a língua catalã era proibida nas escolas e a ditadura franquista perseguia as formações nacionais. Agora o Estado Espanhol é democrático e a Catalunha, como as outras regiões, tem um Estatuto de autonomia considerável. Neste contexto, o nacionalismo é ou uma manifestação de falta solidariedade para com as regiões mais pobres ou uma ameaça velada para com os espanhóis que ali procuraram trabalho e residência. Quando a isto se junta o futebol a mistura é mortal. No domingo passado, um estádio de Barcelona foi palco de um jogo entre as selecções da Catalunha e de Euskadi, à hora em que a selecção nacional era derrotada no apuramento para o Europeu de 2007. O resultado foi um empate, como convinha. A qualidade do futebol praticado baixíssima. Mas não faltaram os cartazes em inglês proclamando que Catalunya e Euskadi are not Spain. Barcelona é uma grande cidade por causa dos catalães e dos argentinos, dos brasileiros e dos subsarianos, dos galegos e dos asturianos, dos marroquinos e dos colombianos, dos castelhanos e dos de Navarra. Quando deixa de ser reprimido o nacionalismo perde o encanto.
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