Freedomtocopy
Este blog tem assinatura. O meu nome é Luís Januário, o BI 1588433. Quando disse que o comportamento do edil do Porto lhe dava direito à qualificação de energúmeno, quando aconselhei um telefonema aos amigos de EPC, sabia que isso pode ter consequências. Não sou adepto do anonimato, embora perceba alguns que ouvem vozes e assinam por elas, ao contrário de uma senhora professora do 9º ano, a quem ontem o Malato que dá milhões explicou, pacientemente, o que era um pseudónimo e um heterónimo. Mas as manifestações de apoio, solidariedade e desagravo a Miguel Sousa Tavares (MST) deixam-me perplexo.
Para começar, e embora isso me possa fazer perder a estima de algumas animadas senhoras e dos cavalheiros que gravitam em torno e têm tendência a concordar com as suas arrebatadas declarações literárias, eu não aprecio MST. Vi-o a utilizar a posição de entrevistador e o domínio do meio de comunicação, para ridicularizar ou depreciar entrevistados fragilizados. Não entendo que se escreva sob futebol a partir de uma perspectiva clubista, a não ser no registo de auto paródia. Os tics de pesporrência tapam-me o celebrado encanto e talento. Metade, ou mais, dos seus genes são certamente encantadores mas parecem inactivados, quando olho, o que agora é raro.
Um blog entretanto apagado, onde o autor assina com pseudónimo, transcreveu alguns parágrafos de um livro de Lapierre e Collins . Como o autor explicou , a melhor tradução encontra-se no Equador, de MST.
A literatura, como a vida, é um sistema comunicante. Herberto Hélder escreveu sobre isto na introdução à sua antologia facciosa. Os livros de Vila-Matas, um ponto alto da literatura contemporânea, são um labirinto de citações ou ecos literários. Os grandes poemas de Eliot uma vertigem de referências. Esta circulação das palavras, onde a autoria se pode perder, é uma das características fascinantes da literatura. Mas quando um autor traduz um parágrafo costuma dizer a fonte ou pôr o texto entre aspas.
No caso MST esqueceu-se. Não achou necessário. Pensou que todos perceberíamos que aqueles parágrafos eram imediatamente reconhecíveis como da autoria de Lapierre e Collins .
Que um anónimo lhe tenha vindo recordar essas regras básicas é aborrecido. Ele ficou aborrecido. Quem não ficaria. Os confrades escandalizados mobilizaram-se. As mobilizações corporativas são geralmente comoventes. E, no caso dos carteiros, mortiferamente eficazes. Quando se viram contra um anónimo fazem pensar nas razões do anonimato.
Para começar, e embora isso me possa fazer perder a estima de algumas animadas senhoras e dos cavalheiros que gravitam em torno e têm tendência a concordar com as suas arrebatadas declarações literárias, eu não aprecio MST. Vi-o a utilizar a posição de entrevistador e o domínio do meio de comunicação, para ridicularizar ou depreciar entrevistados fragilizados. Não entendo que se escreva sob futebol a partir de uma perspectiva clubista, a não ser no registo de auto paródia. Os tics de pesporrência tapam-me o celebrado encanto e talento. Metade, ou mais, dos seus genes são certamente encantadores mas parecem inactivados, quando olho, o que agora é raro.
Um blog entretanto apagado, onde o autor assina com pseudónimo, transcreveu alguns parágrafos de um livro de Lapierre e Collins . Como o autor explicou , a melhor tradução encontra-se no Equador, de MST.
A literatura, como a vida, é um sistema comunicante. Herberto Hélder escreveu sobre isto na introdução à sua antologia facciosa. Os livros de Vila-Matas, um ponto alto da literatura contemporânea, são um labirinto de citações ou ecos literários. Os grandes poemas de Eliot uma vertigem de referências. Esta circulação das palavras, onde a autoria se pode perder, é uma das características fascinantes da literatura. Mas quando um autor traduz um parágrafo costuma dizer a fonte ou pôr o texto entre aspas.
No caso MST esqueceu-se. Não achou necessário. Pensou que todos perceberíamos que aqueles parágrafos eram imediatamente reconhecíveis como da autoria de Lapierre e Collins .
Que um anónimo lhe tenha vindo recordar essas regras básicas é aborrecido. Ele ficou aborrecido. Quem não ficaria. Os confrades escandalizados mobilizaram-se. As mobilizações corporativas são geralmente comoventes. E, no caso dos carteiros, mortiferamente eficazes. Quando se viram contra um anónimo fazem pensar nas razões do anonimato.
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