O prado infinito
"Em redor da casa do senhor Palomar existe um prado. Não se trata de um sítio onde, naturalmente, devesse haver um prado: logo, o prado é um objecto artificial, composto por objectos naturais, isto é, ervas. O prado tem por fim representar a natureza e esta representação faz-se substituindo a natureza própria daquele lugar por uma natureza que é em si mesma natural, mas é artificial em relação aquele lugar. Em suma: custa. O prado exige despesa e fadigas sem fim: para ser semeado, regado, estrumado, desinfestado, cortado."
Palomar, Italo Calvino
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial