Babel
Babel, de Alejandro González-Iñárritu. Nos jornais que leio, os críticos detestaram. A excepção foi João Lopes, se não se trata de erro tipográfico, que encontrar uma discordância no colégio não é fácil. J Marinha, no DN, diz que o filme é politicamente correcto. Mas politicamente correcto porquê? Porque a polícia trata os pobres de forma brutal, nos EU ou em Marrocos? Porque um hispânico tem sempre razões para fugir? Porque do outro lado da fronteira de Tijuana está Marrocos? Porque há aldeias e gente para lá dos roteiros turísticos? Porque em Tóquio, os adolescentes se charram e empastilham e um homem é capaz de consolar uma rapariga vestindo-a? Porque um camponês marroquino recusa os dólares com que gratificam a sua humanidade? É politicamente correcto mostrar que existem mundos tão distintos que convivem, falam a mesma língua mesmo se é só pelos movimentos dos lábios pressentida, mas que, no momento da verdade, o Estado não reconhece como iguais. Que em qualquer momento se podem desatar as forças da morte, e elas estão em nós, num miúdo que pega na carabina, numa mulher que comete um erro, num rapaz que foge, numa varanda do andar 38.
O filme acaba com uma imagem poderosa. Da varanda de um 38º andar uma rapariga nua e um homem dão as mãos celebrando a vitória sobre a morte. Venham muitos clichés assim.
Babel, Alejandro González Iñárritu com roteiro
Guillermo Arriaga, baseado em idéia de Guillermo Arriaga e Alejandro González Iñárritu
Com Gael Garcia Bernal, Cate Banchet e Brad Pitt
Nomes a fixar :Kôji Yakusho no papel duma adolescente surda-muda e a ama
Adriana Barraza (Amelia)
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