Quando apareceu, no Diario de Lisboa e nas tertulias literarias, inovador, polemico, estruturalista, alguem escreveu: Enfin, Eduardo vint. O que era ambiguo, porque aludia ao fascinio de EPC pela cultura francesa e seus modismos mas ao mesmo tempo assinalava a sua presenca iniludivel. A partir dai foi sempre assim. Pude toda a vida concordar, discordar, aborrecer-me, irritar-me com ele. Ou recortar uma cronica. Ou, sem saber, homenagea-lo no pequeno restaurante da Fontela, onde todos as cadeiras tinham vindo por ele. Por isso uma parte de mim morreu hoje, neste Agosto fatal. Paro nos subterraneos de uma cidade que arde, numa estacao chamada Syntagma, abro de novo o sms que me traz esta noticia e durante meia hora, por Eduardo Prado Coelho, perco todos os comboios.
(Luis Januario)
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