08 outubro 2007

Perda (1)


Rachel Harrison



Conheço mulheres cuja pele é transparente. Vêm-se os músculos, as veias, o sangue circulante, a linfa, os delicados órgãos e a ideia da perda. Debaixo dos planos diáfanos, em contra-mão com os humores, baloiça a ideia da perda. São mulheres sensíveis, embaladas numa grande emoção, de sono sobressaltado. São magras e alimentam-se de cremes, néctares, tubérculos, olham em redor, ficam em silêncio. Telefonam-se com assiduidade.

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