Silvina Rodrigues da Silva, a Arquivista do PC
Tenho conhecido algumas mulheres interessantes mas nunca imaginei que na semana do 4 de Novembro, enquanto os eleitores americanos faziam história, me aparecesse alguém como Silvina Rodrigues da Silva, a Arquivista do PC. Foi num speed date num bar de Almada. Quando ela se apresentou eu tive por segundos a esperança de estar a conhecer a estudiosa de Carlos de Oliveira. Mas não, percebi depois. Era a Silvina Rodrigues da Silva, filha do Rodrigues da Silva que se notabilizou no XVII Congresso por ter desmascarado o grupelho provocatório do João Amaral. Vestia aquelas roupas que dizem não há corpo nenhum por baixo, botifarras e,como se tratava de um speed date, tinha posto o lenço palestiniano. Trazia na cara a sombra de uma rotura sentimental recente . Vim a saber que deixou o companheiro há uns meses. E no pulso a marca de uma pulseira artesanal que tirou, que nojo, quando os imperialistas libertaram a Irmã Lúcia da Colômbia. Tinha algum encanto e muita informação, que não recolhera dos Arquivos do PC. Ali, percebi a custo, o seu papel era apenas o de facultar documentos aos blind researchers autorizados a aceder à documentação classificada, três pastas com nomes, datas e lugares apagados pela Secção da Reserva Conspirativa que assessora a Comissão Executiva do Comité Central para as Questões da História. De Silvina soube pouco. Acho que a desiludi mais depressa do que é habitual ou estava verdadeiramente interessada num rapaz que reúne artigos para o site comunista Resistir .com . Que tinha uma filha ginasta russa, gostava do Alain Clerck e do Julien Sauchon, se andava a entediar com as tarefas a que o PC agora, que não havia praticamente nada a fazer nos Arquivos, lhe destinara: escrever nos comentários dos blogues da esquerda caviar . Silvina escolheu o pseudónimo de José Casanova, que é uma referência que ela admira, amigo dos Rodrigues da Silva.
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