Todos os votos contra Vital são bons
De repente apercebo-me de que no meu círculo próximo ninguém vota. Os mais radicais vão votar branco. A maior parte não vai lá. As justificações são várias. Houve alguém que disse que se os votos brancos fossem contados o sistema ficava envergonhadíssimo. Não fica. O sistema é como o leitor hipócrita. Não tem vergonha. Também alguém escreveu que a abstenção devia ser contada e deixar vagos, em Bruxelas, os lugares correspondentes. Não é. Em Bruxelas, em Strasbourg, em S. Bento e no Parlamento letão, sentam-se os eleitos pelos 25% de votantes. E ocupam todos os lugares. Falam por vocês, leitores hipócritas. Decidem por vocês. Até já ouvi citar o bastonário dos advogados. Marinho é boa pessoa, mas em consciência só votaria em si próprio.
A verdade é que na noite das eleições, nos dias seguintes, ninguém contará os vossos votos. Umas carpidelas pela abstenção e vamos já à sede partidária, ouvir o primeiro deputado eleito. Esta democracia só precisa de 25% e da vossa abstenção. De 25% e da praia. De 25% e da vossa raiva estéril, solitária.
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