Lhasa no TAGV
Ela é uma menina. Um duende na clareira. A sua voz é um espelho velado. Ela erra pelas estradas da memória. Foi ao Líbano, de onde o outro saíu, expulso pelo desamor de um pai. E a Marselha, porto de chegada. Ela canta em castelhano, uma emoção. E em inglês, as histórias do filósofo: Soon this space will be too small. Gosto mesmo quando canta em francês. Já não estamos habituados a ouvir estas coisas: Je me sens coupable /Parce que j’ai l’habitude/ Je garderais/ Pour me guider/ Plaisir et culpabilité. E quando convocou todos os que se sentiam culpados para cantar o refrão, foi consolador ouvir o TAGV em coro. Também não espantava. Estavam lá todos. Até a rapariga loura do acaso da rua lá estava. E ela, a Lhasa: Sur la marée haute/je suis montée/ La tête est pleine/ mais le coeur n’a/ pas assez. Era assim que nos devíamos sentir sempre. É por isso este post(umo).
09 Julho 2004; Arquivos deste blog
Etiquetas: Lhasa
5 Comentários:
Belo requiem, por Lhasa.Que foto!
Pensava já ter entristecido tudo com a morte dela, até te vir aqui ler.
~CC~
Olá boa noite.
Descobri este link no blog da Ci o TOOL, acho que nunca tinha cá vindo, não me lembro. Ou por outra, lembrar-me-ia de certeza, porque sei que não o vou esquecer. Melhor, vai para aquela coisa do favoritos, por vários motivos, os que por aqui estão escritos e as fotos e...
A Lhasa, acho que a preferia em espanhol, mas isso não importa, não a trás de volta. O que me dói é que os filhos da puta morrem todos velhos, de velhice.
E, olhem, até breve.
I'm going in...
"When my lifetime had just ended. And my death had just begun. I told you I'd never leave you. But I knew this day would come."
soube agora. estou triste. recordo a Lhasa no TAGV com muita emoção
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