O constitucionalotero
Hoje, brilhou no blog dos apoiantes de Sócrates, uma luz de esperança. Uma voz corajosa na FDL.
Ficamos a saber que um tal Otero, regente de Direito Constitucional, aproveitou a cátedra e uma prova de avaliação para , abusando da sua posição e em total desrespeito para com os alunos, fazer um pouco de humor. O humor bafiento dos “ liberais democratas” portugueses.
A abjecção já foi comentada.
Só queria acentuar um aspecto, para mim o mais repugnante da peça Oterica: O modo como o professor trata os animais vertebrados. O especismo é o ultimo reduto do racismo, disse alguém num livro de Coetzee, para incompreensão de muito boa gente progressista, que acha exagerados os que sofrem com o imenso sofrimento dos outros vertebrados e alerta para os seus direitos. Ei-la: em bruto, brilhando na sua boçalidade, a ideologia religiosa, hipócrita e falsamente anódina. O animal humano que se desconhece. Que renega as suas baixas origens. Que se julga feito à semelhança de um pai criador e por isso diferente dos outros “vertebrados”, não apenas dispensado de qualquer regra mas acima deles, dispondo deles, da sua vida e do seu corpo.
Animal Otero: Fique lá com a sua Constituição, os sacramentos e o matrimónio. Escrevo este post em memoria do Tobias. Que corria atrás da sombra das cegonhas nos campos do Mondego e que foi livre, feliz e inteligente, de uma forma que o senhor nunca perceberá, nem os macacos da Bragaparques que ensina a absolver.
Etiquetas: bestas
5 Comentários:
Tobias, o cão da matilha sem chefe.
3 vivas para o Tobias.
1 viva pela liberdade, 1 viva pela felicidade e 1 viva pela inteligência.
comovente e inteligente, que são coisas que têm o dom de contrariar a banalidade
Fugindo à polémica e esquecendo por momentos os vertebrados ditos irracionais, porque será que um homem não pode casar com duas mulheres ou vice-versa?
Porque é que um morcego se preocupa?
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