08 maio 2011

Feira do Livro (6)

André Bonirre

Sábado à tarde, havia pouca gente na Feira. Sobretudo a comprar, embora, como explica Orwell na Antígona, os livros não sejam caros, sobretudo os bons livros das boas editoras não arregimentadas.
Sempre gostei das pessoas que cruzo na Feira, embora este ano tenha sido colhido pela diferença. Os velhos estão cada vez mais velhos e, tenho de dizê-lo, com menos dentes, embora se tenha de distinguir entre os velhos pobres, magros e reformados e os menos pobres, gordos e jubilados. Há ainda, claro, as suaves raparigas, walserianas, que procuram um livro, o livro, e que, se encontram, o guardam como alimento da sua carne transparente. Há as famílias felizes com filhos, a quem é transmitido o amor à leitura. E há, vindos do Indie, os hipsters. Têm chapéus pequenos de aba virada, que se compram agora a 69 euros na Fred Perry ou a 19,95 na Zara. São altos, magros e fazem-se acompanhar por amigas que ainda não iniciaram o processo de transformação e parecem bastante divertidas.

4 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Pouca gente?

segunda-feira, maio 09, 2011  
Blogger Luís disse...

Sim, Marco. Às sete horas havia pouca gente.

segunda-feira, maio 09, 2011  
Blogger Luís disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

segunda-feira, maio 09, 2011  
Blogger Unknown disse...

deliciosamente magnífica,a série "Feira do Livro".

quarta-feira, maio 11, 2011  

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