21 junho 2011

Belmiro, Toni, Costa e a troika: a mesma luta



Na Avenida que vai do Marquês ao Rossio fez o Belmiro uma acção de propaganda que acabou no Terreiro do Paço.
Foi um momento delicioso. Vimos António Costa a falar entre couves enquanto nas margens ondulava a bandeira vermelha do Continente. As televisões públicas fizeram directos intermináveis e, no final, Toni Carreira encheu o Terreiro do Paço, enquanto os fãs levantavam cartazes artesanais criativos.
Esta manifestação foi fundamental. Ressalto apenas dois pontos: a felicidade do povo é possível através da cooperação entre os eleitos municipais socialistas e o capital monopolista da distribuição; a ocupação do espaço público fez-se em torno de um homem que simboliza a internacionalização de um modo de estar português, a síntese possível entre os valores do Interior e o cosmopolitismo. O fim de semana da capital, simétrico ao das cidades espanholas, mostra que a direita, depois de conquistar o poder, encheu as ruas e com a ajuda dos santos populares há-de resolver o paradoxo entre a perda de independência nacional e a persistência do patriotismo.

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