No carso
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Caminhavas no ar
e o teu olhar caía
sobre os humildes animais
do carso: a salamandra,
os bichos das tocas,
os vermes da terra húmida
de debaixo das lajes. À noite
o bufo-real descia em silêncio
entre as tuas pernas e eu não sabia
se era o bater das asas ou
o teu ventre que tremia.
Etiquetas: poesia efémera
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