Dona Alexandra Tété e o casamento. O Casamento.
O lobby do casamento é uma náusea, um pesadelo, uma coisa tenebrosa, como diria o António. Não passa pela cabeça de ninguém defender as razões da respiração, o bem que resulta da ingestão da água, da remoção dos parasitas que se agarram ao couro cabeludo, da locomoção. Agora surgem artigos de fundo em jornais de referência a defender o casamento. Vou ler. Pode ser que haja promoções, vendam a prestações.
Não. A senhora fala do “casamento heterossexual monogâmico” que considera “um bem público”. Esse bem público está hoje ameaçado pelos homossexuais, que se querem casar e se consideram discriminados pelos proprietários da instituição. A argumentação da senhora é de carácter jurídico-filosófico-estruturalista. Confesso que não entendi, nem estou aberto a esse conhecimento. Diz a senhora que “a campanha do lobby gay para a reconceptualização do casamento, de modo a incluir a união homossexual, não tem nada a ver com a igualdade de oportunidades”. “Visa antes”- continuo a citar-“ a promoção da conduta homossexual e a desconstrução do casamento e da família”. E enumera em seguida algumas das discriminações verdadeiras que existem na nossa sociedade, para as quais deviam ser dirigidos os dinheiros públicos.
Acho este tipo de argumentação inqualificável. Quando passo pelos discriminados nunca encontro a senhora. Mas agora as senhoras aprenderam o discurso da igualdade para melhor combater a luta contra a desigualdade. Acho que o casamento, se ainda existe, essa união de dois seres para o bem e para o mal, esse laço que dura plenamente enquanto dura, devia dissociar-se destas senhoras. Devia fazer escândalo, como o outro com os fariseus. Dizer o que pensa das listas, das prendas e dos presentes, das tendas com mesas numeradas como jazigos, das orquestras convidadas, da maionese com salmonelas, dos fotógrafos e dos ajudantes de fotógrafos, das tualetes, dos animadores de casamento e dos terapeutas familiares à espreita. O casamento, se ainda ouve outro discurso para lá do das senhoras aflitas com a manutenção do marido heterossexual-afinal-não-tão-monogâmico, devia dar um arzinho e dizer de sua graça oral, genital, anal, qualquer coisa em que se percebesse que merece que o olhemos com respeito.
(escrito a propósito do artigo de fundo da senhora Dª Alexandra Tété, da associação Mulheres em Acção, Público 2ª feira 16 de Julho)
Não. A senhora fala do “casamento heterossexual monogâmico” que considera “um bem público”. Esse bem público está hoje ameaçado pelos homossexuais, que se querem casar e se consideram discriminados pelos proprietários da instituição. A argumentação da senhora é de carácter jurídico-filosófico-estruturalista. Confesso que não entendi, nem estou aberto a esse conhecimento. Diz a senhora que “a campanha do lobby gay para a reconceptualização do casamento, de modo a incluir a união homossexual, não tem nada a ver com a igualdade de oportunidades”. “Visa antes”- continuo a citar-“ a promoção da conduta homossexual e a desconstrução do casamento e da família”. E enumera em seguida algumas das discriminações verdadeiras que existem na nossa sociedade, para as quais deviam ser dirigidos os dinheiros públicos.
Acho este tipo de argumentação inqualificável. Quando passo pelos discriminados nunca encontro a senhora. Mas agora as senhoras aprenderam o discurso da igualdade para melhor combater a luta contra a desigualdade. Acho que o casamento, se ainda existe, essa união de dois seres para o bem e para o mal, esse laço que dura plenamente enquanto dura, devia dissociar-se destas senhoras. Devia fazer escândalo, como o outro com os fariseus. Dizer o que pensa das listas, das prendas e dos presentes, das tendas com mesas numeradas como jazigos, das orquestras convidadas, da maionese com salmonelas, dos fotógrafos e dos ajudantes de fotógrafos, das tualetes, dos animadores de casamento e dos terapeutas familiares à espreita. O casamento, se ainda ouve outro discurso para lá do das senhoras aflitas com a manutenção do marido heterossexual-afinal-não-tão-monogâmico, devia dar um arzinho e dizer de sua graça oral, genital, anal, qualquer coisa em que se percebesse que merece que o olhemos com respeito.
(escrito a propósito do artigo de fundo da senhora Dª Alexandra Tété, da associação Mulheres em Acção, Público 2ª feira 16 de Julho)
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