O livro afegão e o fim da inocência
As grandes narrativas do século XX (algumas das quais eram do século XIX) estavam mortas. Bronx sabe. Mas um homem não pode viver sem uma narrativa. Há gente que vive com uma narrativa de antes da Revolução Francesa, e apesar disso se sente moderna. Bellini conhece tão bem a narrativa do Renascimento italiano, que por vezes Bronx se interroga sobre se não será aquela a narrativa de Bellini. Quando perdeu a narrativa da sua adolescência retardada, Bronx prometeu a si mesmo que nunca mais colocaria na parede nenhum Mestre. Mas lentamente uma outra narrativa estava a insinuar-se. Ou como escreveu o último Coetzee, something of quite another order was on cards. E Bronx voltou a acreditar. Estava escrito que pelas mãos dos seus arautos a nova esperança seria torturada, até se confessar uma coisa igual às que se alinham à espera de serem reconhecidas nas escadas para o Palácio da Ajuda. Hoje Alexandra Lucas Coelho apresentou na FNAC o livro afegão- uma chatice que Bronx não tenciona ler- e fê-lo pela mão amiga da coligação medonha: Guterres, a Zézinha e um escritor prolixo.
Etiquetas: Bellini e Bronx
10 Comentários:
O Guterres consigo compreender, o prolixo idem, idem, mas ó deuses, ó céus, o que é que a Zézinha estava ali a fazer?, interrogo-me, desde o primeiro momento.
io, estava a fazer Bloco.
assustador.
não percebi quase nada: porque é que o Bronx não vai ler o livro? porque é que a Maria José Nogueira Pinto estava lá (não sou obrigada a saber quem é a Zézinha, conheço imensas Zézinhas muito estimáveis)?
O que é fazer bloco?
O livro é mais ou menos bom por estar lá a MJNP?
rui, o que é assustador?
Este post é uma pequena narrativa sem nenhuma importância; é bem verdade que as grandes narrativas estão mortas.
Pedro
Isabel, preocupa-me tu quereres tudo muito explicadinho , não perceberes quase nada e , sobretudo, importares-te com isso.
Um abraço
Luís
Mas claro que o livro não é mau nem bom por causa disso, e não piora nem melhora por eu o ler ou não.
O post assinala apenas que a autora, que por desrazões literárias adorei, se deslocou para o mainstream e considera aquelas personalidades capazes não apenas de lerem a sua obra como de a apresentarem.
Já agora: MJNP é deputada do PSD, membro destacado do CDS, apoiante de António Costa em Lisboa e esposa de um membro de uma Internacional de estrema direita que emprega um exército de segurança privada em Moçambique. Esta última informação seria abjecta se MJNP não considerasse o casamento um sacramento.
não te preocupes que eu também não, são só maneiras de dizer. O meu pai tentou fazer de mim menos maniqueísta e até certo ponto consegui-o, mas nunca eu consideraria a MJNP uma boa companhia. Quanto ao mainstream quem nunca por lá andou que atire a primeira pedra.
não sei se o facto de lermos os livros os mudam ou não, uma coisa sei, Luís: és terrível quando adoras, tanto quando detestas! abraço
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