06 dezembro 2009

Os minaretes explicados aos suíços

Um jornal de parabéns: o Público de hoje. O dossier sobre o Islão na Europa actualizado pelo referendo suíço, dito "dos minaretes", fornece informação importante para um debate muito prejudicado pela ignorância e o preconceito. Fiquei a saber que há quatro minaretes na Suíça. E que os cantões com mais muçulmanos não foram aqueles onde o voto proibicionista foi mais expressivo.
A questão dos minaretes, para mim, é uma questão do âmbito dos PDMs. Devem estar, como as torres das igrejas, adaptados ao volume dos edifícios envolventes.
Mas atenção que o debate tem de ser mais profundo. O fundamentalismo árabe é irmão gémeo da islamofobia ocidental. E a ingenuidade dos relativistas, que desarma frente ao rosto velado e à clitoridectomia, não ajuda muito.
É preciso apoiar os moderados islâmicos sem transigência táctica relativamente aos valores civilizacionais que as constituições europeias consagram.

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2 Comentários:

Blogger jcd disse...

Eu tenho sempre alguma dificuldade em perceber o que é que "nós" queremos que esteja por trás do conceito "moderados islâmicos". Eu sei, por exemplo o que é um "católico não-praticante", um agnóstico ou um ateu dentro do contexto da cultura ocidental, mas "moderado islâmico", não faço ideia. Moderado em quê exactamente? A minha questão não é "desconversa", sobretudo porque conheço e tenho amigos islâmicos que são "pessoas normais", mas numa religião em que o conceito de laicização é praticamente inexistente, é difícil ter parâmetros para avaliar a "moderação". Está na condenação de uma Jihad? Na forma de tratar as mulheres? No facto de não querer fazer a peregrinação a Meca e se tornar "Hajj"? Em não querer ir à mesquita às 6as-feiras? É que a realidade islâmica é tão diferente da cristã, aquela que melhor conhecemos, que se torna difícil encontrar "equivalências" de "moderação" e tolerância à diferença.
Joana

terça-feira, dezembro 08, 2009  
Anonymous henry disse...

As pessoas votam com preconceitos, sem saber realmente, votam não e querem dizer sim...

Um verdadeiro democrata acredita que o direito de voto deveria ser retirado ao povo. Só uma elite educada, racional e religiosamente purificada deveria poder votar.

Historicamente é isso que aconteceu com a I república portuguesa. Depois não se queixam da fraca participação dos cidadões e da indiferença em caso de golpe militar...

quarta-feira, dezembro 09, 2009  

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