i
Eu até ontem lia um jornal chato. Agora leio o i. Gosto desta mundivisão. Um menino ficou debaixo do comboio, foi arrastado 30 metros, e saíu ileso. Lemos o título, vemos os fotogramas e depois voltamos, para ler as letrinhas pequeninas. Mais à frente, outro título informa-nos de que o filho de um jogador de futebol caíu do 7º andar. Estranhamente, lemos isto sem angústia e voltamos a folha, na mesma paz. Confirma-se a benignidade destes desastres: a criança, amparada pelo i, só partiu uma costela, coisa de nada.
Na página três uma sexóloga informa que a vagina das mulheres fica húmida "quando o tempo aquece".
Mais à frente, Cardinali é amigo dos animais, ninguém duvida. No i, o leão branco está feliz pelo cativeiro e por ser exibido às crianças de Évora.
O mundo do i é levezinho, curto, como uma brincadeira de crianças em que morremos e nos levantamos em seguida, ninguém se magoa e a Laurinda Alves faz pendant.
Na página três uma sexóloga informa que a vagina das mulheres fica húmida "quando o tempo aquece".
Mais à frente, Cardinali é amigo dos animais, ninguém duvida. No i, o leão branco está feliz pelo cativeiro e por ser exibido às crianças de Évora.
O mundo do i é levezinho, curto, como uma brincadeira de crianças em que morremos e nos levantamos em seguida, ninguém se magoa e a Laurinda Alves faz pendant.
Etiquetas: os jornais, Vida boa
6 Comentários:
Mas então agora já lê jornais? Um chato, outro levezinho. Que bom.
e tem os agráfos, o i.
não confundir com os ágrafos.
:)
gostei da apreciação.
beijos, Luís
o k é ágrafos?
agrafos com excesso de acentuação.
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