27 fevereiro 2010

Dois comentadores com "um fraquinho" pelo Sócrates




Quase todos os canais têm painéis de comentadores políticos. Ontem na sic notícias vi um par imbatível. Betencourt Resendes e Luís Delgado. Não sei o que aconteceu a Delgado. Parece um tio convalescente. Conheci-o quando era a fonte, o oráculo e o confidente do Lopes, na fase ascendente do Lopes. Lopes era o delfim de Barroso, ainda Barroso era Durão e Delgado era uma ponta avançada da Direita que tinha retomado o poder e em breve iria endireitar o pais. Alguns anos depois Delgado é um falcão reformado, asa derrubada e pontos de vista de centro. Aliás neste país, se exceptuarmos Medina Carreira e Isilda Pegado, toda a gente tem pontos de vista do centro. Centro-direita claro, como diz Delgado. Ontem Delgado explicou, para os que como eu têm estado desatentos ao aggiornamento dos comentadores políticos, que “tem um fraquinho por Sócrates”. Disse isto em tom benigno, como uma tia de Cascais que falasse duma velha amiga. “Um fraquinho”. Uma coisa sem chama nem futuro. Sem passado nem ambição. Só “um fraquinho”. Uma discreta inclinação. Um lampejo quando o vê passar e depois o esquecimento. Delgado explicou porquê. Segundo ele, Sócrates “fez muitas reformas de centro-direita que a Direita nunca teve coragem de fazer”.
Qual foi a mensagem que aqueles dois comentadores ontem trouxeram: 1. Não há nenhum risco para a liberdade de imprensa; 2. Todos os governos, desde a Grécia clássica, tentaram controlar os directores de jornais; 3. A Comissão Parlamentar é uma vergonha e os depoimentos dos convocados não esclarecem nada.
Até aqui é a cartilha. Quando é que vem a novidade? Sócrates, no entender deste par, talvez tenha mentido ao Parlamento quando respondeu a um parlamentar e declarou que não sabia nada do negocio através do qual a PT tentava comprar a TVI. Mas se mentiu foi uma mentira menor. Mentiu porque não lhe veio mais nada à cabeça senão aquela mentira . Mentiu como podia ter dito a verdade.
- Já ouviu falar da PT ? E ele, em dia sobrecarregado: - Não.
Mas era um não-sim. Um não-sei lá. Um não me chateiem que isto não interessa nada.
A pivot, ela também com ar de convalescente, não disse nada. Mas há alguma coisa a dizer?

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A nossa Terra viva




Uma das nossas piores características é a arrogância perante a Natureza. Nascidos em cidades, locomovidos com energia fóssil, alimentados com os cadáveres embalados das espécies sequestradas, os humanos acham que a Terra é um Parque Temático, um temporal uma contrariedade, uma enxurrada um erro de urbanismo. Com os bichos da Terra submissos, qualquer doença levanta um espanto : - Mas não está vacinado? - Como é que foi possível contrair esta doença? O passo seguinte é procurar um culpado. A procura do culpado é, na mente hominídea, a contrapartida do agradecimento ao Senhor. No dia seguinte à calamidade madeirense, um jornalista malandrão com cara de ateu, excitava, por palavras e imagens, o bom povo de uma localidade da serra madeirense, pároco incluído, a tomar por milagre a conservação de uma imagem da Nossa Senhora Levada Pela Lama. E hoje mesmo, nas igrejas do Funchal, haverá quem agradeça não importa o quê.
Cavaco de sapatos de camurça na visita de Estado à última colónia ilustra o que quero dizer. Um homem quase descalço, entre as ravinas. Um homem na Natureza.

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25 fevereiro 2010

[Resolvido] "Mostrar arquivos Ocultos" não funciona!!


Dica: você pode ocultar os arquivos ou pastas que quiser! Mas qualquer um poderá acessar estes arquivos se souber o nome completo deles. Por exemplo, você pode ocultar a pasta "coisas" na unidade C:, mas ela poderá ser aberta por qualquer um clicando em "Iniciar > Executar" e digitando "C:\coisas".

Boa sorte! Mas é recomendável voltar lá e ocultar novamente estes arquivos, para que você ou outra pessoa não os apague indevidamente.


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24 fevereiro 2010

Lugares de Recreação - "Ora essa, e qual é o crime que está a ser cometido por ser informada? Agora não posso ser informada? Se fui informada, isso só




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22 fevereiro 2010

Retrato CMYK

Vulturinos e Pombas arrulhando

De acordo Filipe. De Louçã ao Marcelo não disseram outra coisa. A natureza humana é assim sobretudo quando as reacções vão a votos . E amanhã hão-de celebrar-se missas para dar graças ao Senhor. Mas agora que o rapaz saíu do coma não será altura de enfrentar o problema do alcoolismo? Ou esperamos pelo próximo acidente?

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Não estiquem o casamento



A família verdadeira de certeza, é de certeza a família portuguesa.(bis)

Eram dez mil e a Isilda Pegado.
Eram dez mil e a Zézinha -o marido ausente em negócios no Maputo.
A Aliança das 13 Motas Cristãs acelerando a fundo, e os nazis que já mataram no Bairro Alto,

A família verdadeira de certeza, é de certeza a família portuguesa.(bis)

fazendo um barulho ensurdecedor, rezando o terço com as freiras brasileiras e os fiéis que vieram da Bajouca.
Rezando o terço, ainda no Marquês e dizendo com o Ribeiro e Castro:
- Família é homem e mulher, família verdadeira somos nós.

E com a Zézinha, agora no PSD- o marido ausente em negócios no Maputo:
- Não distorçam a Instituição.
- Não estiquem demais a família verdadeira.

A família verdadeira de certeza, é de certeza a família portuguesa.(bis)

(a partir do relato de Maria Lopes, O Público, 21/02)

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21 fevereiro 2010

Era o Eixo do Mal



Passei uns meses sem paciência para O Eixo do Mal. Ontem, a acédia apanhou-me de novo frente à pantalha. Eu sabia que a longa convivencia torna os casais parecidos e que nas famílias de obesos até o cão engorda. Mas como as coisas mudaram naquela mesa. O senhor de cabeça rapada que era suposto representar as posições de direita, está agora no centro-esquerda. O Daniel Oliveira perdeu o sentido de humor que nunca teve e acentuou um discurso de responsabilidade e indignação exaltada, onde o alvo eram os jornalistas. Parece que estes tinham enlameado uma Comissão de Ética que a Assembleia reuniu para diversão. A Clara é sempre a Clara. A dura realidade matou-lhe o surto de esperança que a todo o mortal é consentido. E o Luís Pedro Nunes estava sem piada e quase tão indignado como o Daniel. O manto cinzento da ideologia respeitável caiu como bolor, como verdete, sobre os ex-malvados, agora já tudo gente engravatada.

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20 fevereiro 2010

A Edite Estrela a ralhar

Sócrates e os seus fiéis estão hoje nos bunkers, a preparar a campanha da primavera. Desafio-vos a encontrar um socialista naquele palheiro. À entrada entrevistam o presidente do partido, um geronte malandro. Depois vão ao que resta da Dra. Edite Estrela. Sempre os mesmos. Sempre contentes não sabe de quê, ameaçando-nos a todos, os descrentes e a mim em particular. Eles são o estado de direito. Nós somos os insubordinados, a quinta coluna, os conspiradores. O aparelho partidário que ocupou o Estado, dos governos-civis aos centros de saúde, dos Bancos às empresas, do Tribunal Constitucional à Polícia Judiciária, das Universidades à direcção dos meios de comunicação, acossado, mostra os dentes, ameaçador.

PS: Infelizmente para os madeirenses a Chuva salvou Sócrates.

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Um homem normal para a Presidência



O presidente da AMI anunciou a sua candidatura a PR. Foi uma boa notícia. A única boa notícia da vida pública de que me lembro, nos últimos tempos. Há alguém, espante-se, parecido com as pessoas normais, com uma profissão e colegas de trabalho, que se declara disposto a representar a marabunta e a fazer sacrifícios pessoais por esta gente sem vergonha nem autocrítica. Pois veio logo a malta de serviço aos partidos. O primeiro foi VPV. VPV é um irresponsável. Culto, dono de uma boa pena e meio frontalizado, diz muitas vezes o que os outros escondem. A sua desinibição e impulsividade , a preocupação com a originalidade levam-no também a cometer erros frequentes de apreciação . Neste caso, mandou Fernando Nobre de volta para a AMI, sobranceiro. O que deve ser lido como: deixe a politica connosco, não precisamos de diletantes.
Ora o que a candidatura de Nobre tem de positivo é precisamente essa relativa exterioridade ao sistema politico, essa dose de descomprometimento com a agenda miudinha partidária .
Nobre terá inevitávelmente os Vitorinos. O povo quer circo. Mas enquanto durar, Nobre será sempre melhor que qualquer funcionário do regime a arengar sobre os valores, enquanto negoceia apoios com as direcções dos partidos.Não há democracia sem partidos. Mas com estes maus partidos não haverá outra democracia.

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A Revolução de Vitorino



Hoje de manhã, na Antena 1, passava uma canção de Vitorino. Uma rapariga do sul da Argentina era violada pelos paramilitares. Na canção de Vitorino os paramilitares são mutantes, ora designados por militares ora por federales. Seja como for, prostituem a nossa heroína. O cantautor adverte-a de que só tem uma vida para gozar e consegue aliciá-la directamente, das ruas de Buenos Aires, onde foi parar duas estrofes depois, para a…exactamente…para a Revolução.

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Enfim Isabela



Querem escrita feminina a sério? Tomem. Isabela Figueiredo, Caderno de Memórias Coloniais, editada pela Angelus Novus.
Logo nas primeiras páginas percebemos que estamos fodidos. Isabela não tem medo das palavras iniciadas por c. O seu livro começa mesmo pela cona das pretas em Lourenço Marques, nesses anos finais do Império tuga. Mas o livro não é erótico, nem o sexo que dele transpira dará ao leitor qualquer prazer.
O livro não tem similar na escrita em português contemporâneo. Uma mulher recorda o pai. E nós podemos ver esse homem, cheirá-lo, sentir-lhe a presença. O livro é sobre uma traição fundamental e sobre uma questão fundamental, que não revelarei aos possíveis leitores.
A edição de Angelus Novus faz uma opção discutível: incluir posts da autora num blog e uma entrevista. Na minha opinião os posts, um dos quais repugnante, quebram a unidade temática do livro e não lhe acrescentam nada. Tal como a entrevista. A Assírio ignorava tudo do registo biográfico dos autores. A Angelus Novus quer dizer-nos de mais.

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A literatura portuguesa



Há dias o Ipsilon editava um trabalho sobre o erotismo na literatura nacional. O erotismo, o sexo, sei lá. Parece que a coisa vai mal, por essas bandas. O erotismo, ou mesmo a literatura. O Autor do artigo confessava algumas limitações. Desde o MEC que se pode escrever fodido. Não se pode foder, mas pode-se escrever fodido. Ora o Autor confessa que, quinze anos depois, não se permite utilizar palavras começadas por c. Vão ser precisos mais MECs, mais quinze anos, até os escritores portugueses chegarem ao c.
Este Autor entrevistou Escritores e a todos perguntou se tinham jeito. Os entrevistados, incontornáveis, declararam que as cenas de camas são más- quando escritas por outros-, que os escritores portugueses- os outros- não são mestres no género. O cronista em quem João Bénard da Costa encarnou também foi ouvido. Afinou pelo mesmo diapasão. Os escritores portugueses são muito bons a dizer que a literatura erótica portuguesa é fraca.

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18 fevereiro 2010

Mapas de causalidade



Segundo alguns psicólogos crescemos a organizar mapas de causalidade. P. ,agora com três anos e com uma família alargada, faz perguntas sobre casas. Porque é que a casa da tia Nha não é aqui? Porque é que a casa de Santarém não é a de Castelo Branco? Porque é que para ir à tia Matchi temos de ir a Santarém? Os pais respondem. Ele sem surpresa, porque o mundo infantil lhe é tão estranho que o aceita sem interrogações e porque para ele toda a metafísica é o papel de prata que embrulha os chocolates. Ela com perplexidade. Ainda está para perceber essa história das casas. As mulheres querem perceber. As mulheres querem estabelecer nexos de causalidade. As mulheres são a verdadeira matéria da investigação sobre o modo de pensar da nossa espécie símia. Curiosamente, como também invadiram as escolas e os laboratórios das Neurociências, as mulheres são agora os principais investigadores. O que atrasa a compreensão da coisa, obviamente. Atrasa, enviesa, perturba e dramatiza. Colateralmente dá à estampa alguns livros de cultura popular, onde a investigação incompleta produz histórias de encantar sobre as maravilhosas capacidades infantis.

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14 fevereiro 2010

A campanha dos socialistas




Nas últimas horas tenho recebido mails de amigos socialistas que têm o meu endereço, convocando-me para assinar petições e para uma grande manifestação de apoio a Sócrates e ao governo. Os autores identificam-se como Movimento Pró Sócrates e , se acreditarmos na página do facebook para que remetem, são anónimos simpáticos, tipo Jotas, a massa de onde saíram Rui Pedro Soares e Paulo Penedos.
O texto não é deles. Parece mais de uma agencia sinistra de contra-informação. O conteúdo é moral- “É vergonhoso, Senão uma injustiça o que está a acontecer. Na Europa acham-nos ridículos...Enfim...Tenho vergonha e tu?. “ A mensagem politica é a que o governo e os seus canais têm transmitido : “É triste que isto aconteça numa altura em que o país atravessa uma crise económica e os Jornais e Canais de TV tentam à força criar uma crise política!”- mais ou menos o que diziam os integristas homofobos quando se discutia o casamento gay.
A culpa é apontada à comunicação social. Foi ela que “desde 2001 tornou este pais ingovernável.”
O que querem estes simples?
Manifestarem-se “apoiando o PS e o PM” (hábil identificação). “Nunca um Primeiro-ministro (PM) foi tão mal tratado e enxovalhado em praça pública.
A manifestação será, esperam eles, um sério aviso à Comunicação social.
Eu não defendo a Comunicação Social. Como em todo o lado há excelentes e maus profissionais. Há gente corajosa, movida por códigos de conduta rigorosos e outros que querem agradar aos controleiros ou simplesmemnte aos que lhes pagam os salários.
Mas o perigo para a liberdade de informação, o perigo que os socialistas deviam combater, é precisamente o controle quase total da comunicação por grupos económicos- Controlinveste, Ongoing, Media capital, PT, etc.
Aquilo a que os socialistas chamam “a vergonha” é um episódio da concorrencia entre esses grupos, da luta contínua pelo controle dos conteúdos, da relação intíma entre o poder politico, os seus homens de mão nas empresas e os patrões dos media.
Os socialistas que assinam petições e convocam manifestações de apoio não sabem bem a quê, fariam melhor se exigissem ao seu líder e ao seu partido, explicações sobre as actividades dos seus camaradas Vara, Penedos e Rui Pedro Soares, se se interrogassem sobre se o país que querem é o da RTP1, da televisão controlada pelo Estado, do Estado ao serviço do partido do poder, das notícias subordinadas “ao combate à crise e ao esforço do governo para a combater”.
É pedir demais a socialistas que criaram, apresentaram ao povo para sufrágio e depois colocaram em alavancas de poder, gente como Vara, Baptista, Lello, Coelho.
Mas como entre os subscritores pode haver ingénuos, aqui fica o aviso. Antes de tomar posição façam um pequeno esforço intelectual e leiam, por exemplo, a página 5 do Público de sábado, ou as crónicas que um homem livre, Eduardo Cintra Torres ainda escreve. E, por uma questão de coerência, quando saírem para a rua, levem cartazes que vos identifiquem: Controlinveste, Cofina, Zon, Ongoing, PT, Impresa, Media capital.
Depois não venham dizer que foram encornados.

11 fevereiro 2010

Projecto Limpar Portugal


O Projecto LimparPortugal tem como objectivo limpar as lixeiras ilegais existentes no espaço florestal de Portugal no dia 20 de Março de 2010.



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10 fevereiro 2010

«A principal função da Bolsa de Valores é manter transparente e adequado o local para as negociações de compras e vendas de acções.»





Em 2008, as matérias-primas eram o foco principal, à medida que o petróleo subia para $147 por barril e o EUR/USD para níveis acima e 1.6000. Em 2009, os valores e os mercados de crédito tomaram as rédeas das tendências do USD. Para 2010, parece plausível que o condutor mais importante seja os spreads do crédito soberano.


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Queremos Instrução Sexual nas Escolas.



André Bonirre aka CJ


Na semana passada os putos do Secundário manifestaram-se. Acho isso saudável. Manifestar faz parte da educação social de qualquer ser em crescimento. Independentemente da causa. Há sempre um bom motivo para uma manifestação- embora raramente os bons motivos sejam chamados à rua. Mas as grandes manifestações juvenis sem motivo, as queimas das fitas, as latadas e outras praxes, são tão enjoativas: recreação de sarjeta, como diria o que não nomearei. Ao pé dessas festas de cerveja e quins barreiros, coma alcoólico debaixo do olhar enlevado das família, a manifestação política reivindicativa é um sonho que redime o pesadelo. Os rapazes gritam e as raparigas sorriem ou vice versa, consoante a estação. E mesmo que seja sem causa, a sua rebeldia tem mais sentido que as nossas críticas bafientas. Na semana passada pediam Educação Sexual. Aí está uma coisa de que os putos do liceu deviam desistir. Quanto tempo demora a perceber que os adultos, os professores, os educadores em geral- se exceptuarmos o Superpsicosá, claro- não estão preparados? E se experimentássemos ao contrário: Eu alinho nessa. Ir para uma rua qualquer, um beco, uma avenida, e pedir aos trabalhadores do Secundário, por cartazes, palavras de ordem, declarações à imprensa, alguma Educação sexual. Nem que seja só informação. Ou instrução. Por algum lado se há-de começar.

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09 fevereiro 2010

O PR segundo o PR





O “Programa de Repovoamento” seria uma forma de “criar condições para a retoma das actividades agrícolas e o desenvolvimento de actividades complementares como o turismo, o artesanato, as artes e ofícios e os serviços de proximidade”.

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08 fevereiro 2010

Lutar por um Portugal mais justo e mais equitativo, é um combate, disse Ele


"Devemos todos empenhar-nos no combate pela dignidade de todos os portugueses, lutar por um Portugal mais justo e mais equitativo, é um combate que tem que ser assumido por todos, pelas instituições, pelos agentes políticos e económicos, mas também por toda a população", salientou.


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07 fevereiro 2010

O banqueiro tem pena


«Tenho pena que tenhamos sido postos todos no mesmo saco. Os bancos portugueses tiveram um comportamento espectacular nesta crise» ,


, disse o banqueiro durante a apresentação de resultados

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05 fevereiro 2010

Sou uma pessoa de esperança. Até à última hora tenho esperança,

, arrulhou o Chefe de Estado.



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04 fevereiro 2010

O Pelotão da Frente e a Cauda da Europa







«A incompetência deste Governo de direita está à vista: em vez de nos ter mantido no pelotão da frente, colocou-nos de novo na cauda da Europa.»

Edite Estrela, Acção Socialista - 22/4/2003

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02 fevereiro 2010

Reclamação contra a preguiça



Dr. Gica



Há quem diga que somos um país de poetas porque somos um país de preguiçosos. Com gente tão sensível e verso livre, o género havia de florescer na Pátria. Há agora Fundações, com Júris e secretariado, para apreciar, estimular, premiar e divulgar os talentos. Como ler a produção poética de dez milhões de vates dá um trabalhão, estes jurados, compostos por poetas preguiçosos e ex-poetas preguiçosos, atribuem agora Prémios Carreira, Prémios Esforço de uma Vida, Prémios Consagração, Prémios Obra Global. Este Prémio Total não exige nada. Basta conhecer o autor, ter ouvido falar. Não é preciso, sequer, reconhecer-lhe um verso. Chega uma entrevista, uma intervenção nos Encontros dos Escritores, uma referência dum amigo, uma crítica no Expresso. Os jurados reúnem – uma reunião de preguiçosos, quase só coffe-break e almoço- o secretariado distribui umas notas e umas propostas , o Presidente – que teve previamente um almoço de trabalho com o Presidente da Fundação - faz a sua exposição, enche-se de paciência para ouvir os preguiçosos e, antes do almoço, faz sinal à Secretária de que pode fazer o press-release.

O habitat favorito dos escritores preguiçosos é a blogosfera. Podem escrever um post quando lhes apetece. A relação com os leitores é inexistente. Para comer não dependem do que escrevem, nem da opinião dos leitores. Como todos os preguiçosos, os escritores preguiçosos da blogosfera têm sempre imenso que fazer. A sua agenda extenuante não lhes dá tempo para esta futilidade, de escrever um poema preguiçoso para um leitor desconhecido. Os poetas preguiçosos são bissextos, são a cauda de um cometa de periodicidade variável.
Eu tenho a barra da direita cheio de links de gente preguiçosa, que um dia escreveu um poema e depois foi à vidinha. Deixam o blog pendurado dias a fio, como se uma folha que tem o seu nome e as palavras que um dia conseguiu juntar, não lhes criasse responsabilidades e não fosse uma preciosidade, a thing of beauty, uma alegria para a populaça leitora.

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01 fevereiro 2010

Nora Blue





Depois do parto algumas mulheres entristecem. A mais triste de todas é a mulher que vive em casa da avó paterna.

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Foi para isto que se fez o 31 de Janeiro?





Iam todos. Sua Excelência, o senhor Comendador, o senhor Secretário – geral, o Presidente da direcção e o vice – presidente do Conselho Geral. O historiador de serviço, o poeta laureado, a senhora directora do Conservatório, o presidente da Fundação, o Confrade da chanfana. E até a Katia Guerreiro, a Mimi Travessuras, a mulher do Adido Cultural, a senhora Embaixadora. Enfim todos e mesmo o Chefe provisório da Oposição e outros barões. E na fila da frente o Banqueiro Honesto. Todos menos o Vital Moreira. A corte alargada. A corte do grand lever.
O povo respondeu. Ouviram-se gritos e uma voz de mulher que dizia:
- Viva a Primeira-dama. Viva a Primeira-dama.
A Primeira-dama acenou.

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